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Mais um grande candidato ao Oscar de melhor filme este ano (para saber os outros, clique aqui) estreou nos cinemas brasileiros essa semana: “O Leitor”, baseado no ótimo livro do alemão Bernhard Schlink – intitulado “Der Vorleser”, que significa “o que lê para os outros”, palavra inexistente em inglês ou português.

A publicidade em torno do novo longa de Stephen Daldry (de “Billy Elliot” e do excelente “As Horas”) é muito focada na atuação de Kate Winslet, que arrebatou ontem o BAFTA de Melhor Atriz (prêmio conhecido como o “oscar britânico”), mas convém frisar que as interpretações do sempre ótimo Ralph Fiennes e do jovem e surpreendente alemão David Kross, bem como a trama envolvente, são partes essenciais e contribuem para um todo que vale – e muito! – à pena.

“O Leitor” passa-se boa parte na memória de Michael Berg (vivido no presente por Fiennes e no passado por Kross), que aos quinze anos começa um tórrido caso de amor com Hanna Schmitz (Winslet, de fato arrebatadora e merecedora dos prêmios que vem recebendo), a qual adora quando Michael lê livros para ela. Alguns anos mais tarde, após o fim do relacionamento, Michael, agora um estudante de direito, vê Hanna no banco dos réus, sendo julgada por crimes de guerra durante a Segunda Guerra Mundial.

A influência de Hanna em sua vida é o foco deste belo romance sobre amor, justiça, orgulho e reconciliação. Um filme lindo, que, mesmo que não ganhe o grande prêmio (não está entre os favoritos, que são “Quem Quer Ser Um Milionário?” – ainda inédito por aqui – e “O Curioso Caso de Benjamin Button”

Curiosidade: as cenas de amor entre o jovem Michael e Hanna tiveram que ser filmadas depois de uma pausa nas gravações – tudo isso para que David Kross completasse seus 18 anos!