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Rangel Andrade é ator da Cia. dos Atores Invisíveis cujo blog/podcast se chama Luz&Sombra. Visite!

É recorrente o número de peças que são estruturadas com esquetes. Talvez seja porque prenda o público com maior facilidade, pois a atenção não fica presa a fatos consecutivos e interligados que desencadeiam no esperado desfecho.

Exemplo é a peça “T.P.M.- Terapia para mulheres”, que esteve em cartaz no Cândido Mendes. O enredo é simples: mulheres a beira de um ataque de nervos conversam sobre seus problemas.

A TPM é uma doença do século XX, foi criada pelos cientistas, pelos livros, pela mídia. A finalidade é o consumo. A farsa teve seu ápice na Comédia Dell´arte, a finalidade era desmascarar o homem e revelar seus defeitos mais sórdidos.

Talvez a finalidade da peça seja essa: esteriotipar (revelando quem elas são), colocando o teatro como consumo, não capitalista – sendido literal da palavra – mas como uma opção de lazer para o carioca.

Se não for bem trabalhada a comédia pode pecar pelo exagero. Não se deve tentar prender a platéia com piadas prontas, a graça deve vir de dentro do ator para “pescar” o espectador. Em algumas partes da peça, isso pode incomodar a alguns espectadores, mas nada que nos tire o prazer de rir.

T.P.M., não é só uma terapia para mulheres, é um convite à terapia em grupo. Sorria. Quem ri vive mais.

Texto: Paula Giannini
Direção: Amauri Ernani
Elenco: Paula Giannini, Amauri Ernani, Mayra Villela, Shirley Bonani e Éris D`Souza
Temporada Encerrada

Rangel Andrade
Cia. de Atores Invisíveis

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