Thundercats – crítica da nova série

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Nesta releitura de “Thundercats”, Thundera é uma civilização totalitária cujo controle está nas mãos dos gatos e onde todos os outros animais são oprimidos pelos felinos. Os recursos naturais de Thundera são reservados para os gatos e o príncipe Lion-o parece ser o único que realmente se importa com isso.

A série começa, portanto, na civilização na qual os Thundercats que conhecemos foram criados e se enfoca nos dilemas morais de um membro da realeza exposto a realidade da política do reino.

Lion-o tem profundo interesse por uma lenda em particular acerca do passado de Thundera e sobre uma coisa que os céticos consideram que jamais existiu: Tecnologia.

Tigra, nesta releitura, é meio-irmão de Lion-o e Chitara aparece como membro da ordem dos Clérigos de Jaga. Panthro é um general que teria perecido em combate ao lado de Grune, outro respeitado guerreiro que conseguiu voltar para casa.

O primeiro episódio, de 45 minutos, mostra um príncipe infantil mas de bom coração, que tem seu primeiro contato com o a Espada Justiceira e rejeitas as visões como improváveis.

Embora a arte não tenha o glamour do desenho original há um quê de sofisticação na nova abordagem e fica claro que a unidade do “figurino” e “cenografia” parecem mais bem cuidadas. O que salta aos olhos é que complexidade do enredo parece mais rebuscada e o fato de que há um mínimo de preocupação em provocar a reflexão, lançando mão de fábulas míticas conhecidas e questões ligadas a tolerância.

Quando, do meio para o final do episódio, os inimigos do reino usam de tecnologia para atacar Thundera, Lion-o percebe que sua aparente obsessão infantil pelo mito da Tecnologia se transforma em talento para seu uso contra o inimigo.

Quando fica claro que não só a Tecnologia era uma realidade mas também a lenda de um antigo inimigo – Mumm-Rá – nem mesmo os Clérigos de Jaga são capazes de deter a horda inimiga e Thundera cai.

Lion-o, Tigra e Chitara têm de fugir com ajuda de Jaga, o líder dos Clérigos e, ao fim do episódio, está prometida uma luta pela reconquista de Thundera.

O desenho tem argumento interessante, com alguma profundidade temática e não é tão difícil de assistir como eu imaginava. A pegada de desenho japonês do traço me incomodou um pouco, mas não tanto quanto poderia.

Vale assistir nem que seja por nostalgia!

Bruno Accioly

Bruno Accioly é diretor da dotweb.com.br, editor do OutraCoisa.com.br, concebeu a iniciativa aoLimiar.com.br e é co-fundador do Conselho SteamPunk