A Máquina do Tempo – do Livro ao Filme

Em 1895, H.G. Wells escreveu o livro “A Máquina do Tempo”, uma obra pioneira e um marco para a ficção científica, a obra é creditada como sendo aquela que popularizou o conceito de viagem no tempo através do uso de tecnologia e o termo “máquina do tempo” através deste romance.

O livro deu origem a duas produções cinematográficas, filmes para a TV, quadrinhos e inspirou obras em muitas outras mídias e, por isso mesmo, nada mais justificável que a publicação da obra “Literatura de Ficção-Científica no Cinema: A Máquina do Tempo – do Livro ao Filme”, de Daniel Iturvides Dutra.

A obra de Daniel Iturvides Dutra tem por objetivo investigar os revezes da transposição de obras literárias para produções cinematográficas, para tanto passando pelas relações entre a ficção científica e a Ciência, pelo contexto histórico, pelas características da industria do Cinema e pelos desafios enfrentados na tentativa de recriar o fantástico através da tecnologia e de efeitos especiais.

O livro trata-se da história de um homem que desenvolve uma máquina capaz de se mover pela Quarta Dimensão – o Tempo – e que, com ela, viaja até o ano de 802.701, para descobri um mundo idílico (embora pós-apocalíptico) povoado por homens e mulheres de tendência pacífica e vivendo em total harmonia: os Eloi. Esta serena descrição, contudo, deixa de fora a raça dos Morlock, criaturas que vivem no subterrâneo e que, apesar de outrora terem dominados pelos Eloi, periodicamente os sequestram e deles se alimentam.

Os dois filmes são bastante diversos em natureza. No filme da década de 60, o viajante do tempo é vivido por Rod Taylor, em uma caracterização que homenageia e faz referência à figura de Wells. Já na versão de 2002 podemos perceber a influência conjuntural que transforma a obra em um action film onde dois novos elementos são inseridos: um romance e tentativas de alterar o passado.

É digno de nota o filme “Um Século em 43 Minutos”, que retrata um H.G. Wells vivido por Malcolm McDowell que viaja no tempo atrás de Jack, o Estripador, que usara de sua máquina para aportar na década de 70, profetizada por Wells como uma Utopia.

“A Máquina do Tempo” é uma obra seminal e a avaliação da transposição da literatura para o cinema à luz dos fatores modificadores da estória e enredo é profundamente importante para o entendimento da mecânica, do mérito e dos defeitos do processo de re-leitura e re-significação de uma obra literária dentro deste contexto.

Por isso mesmo “Literatura de Ficção-Científica no Cinema: A Máquina do Tempo – do Livro ao Filme”, de Daniel Iturvides Dutra é uma obra relevante para amantes da literatura, do cinema e da ficção científica.

Serviço

“Literatura de Ficção-Científica no Cinema: A Máquina do Tempo – do Livro ao Filme”
Livraria UFPEL
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