Os Simpsons
por Rober Pinheiro em novembro 15, 2010Zero Comentários =( Publicado em Animação
Não é por acaso que “Os Simpsons”, a família mais escrachada e longeva dos desenhos animados, se tornou conhecida por conta de polêmicas.
A lista não é curta. Desde as sátiras quase ininterruptas ao degradado “american way of life”, passando por celebridades, políticos e figuras histórias, a série já conseguiu, em suas incríveis 20 temporadas, atingir o ego de pessoas e nações inteiras.
Que o digam Brasil e Argentina, dois dos países “vítimas” das piadas ácidas da turma de Springfield. No décimo episódio da 13ª temporada, Homer e família resolvem desembarcar no Brasil, mais precisamente na cidade maravilhosa, que aparece infestada de ratos e macacos. Mal chegados, eles são roubados e Homer é sequestrado num táxi clandestino. Precisa dizer que isso gerou protestos apaixonados dos mais patrióticos?
Em outro episódio, da 19ª temporada, os personagens Carl Carlson e Lenny Lennard, amigos de Homer, conversam num bar sobre o ícone político argentino, Juan Péron, e sua ditadura que, segundo Carl, desaparecia MESMO com as pessoas. “Além disso, sua esposa era a Madonna”, completa Lenny, numa referência ao filme protagonizado pela cantora. O episódio levantou tanta polêmica que nem chegou a ser transmitido por lá.
O desenho, criado no longínquo ano de 1987 pelo cartunista Matt Groening, também já sacaneou Deus, o papa e não perdoou nem o Islã [num jantar, Homer chama Alá de “Oliver” e o Alcorão de “A Coroa”].
Agora, pela primeira vez, um artista famoso foi convidado para criar — inteiramente —a sua própria versão da conhecida e mutante abertura do desenho. E o resultado não poderia ser mais polêmico. O grafiteiro Banksy, artista de rua britânico cujos chamativos trabalhos em stencil podem ser vistos em cidades como Bristol e Londres, criou uma vinheta de quase dois minutos onde explora questões como tortura animal e trabalho infantil. O artista não poupou críticas à produção, representado na abertura pelo trabalho infantil semiescravo, o uso de gatos para a fabricação de bonecos do Bart e a aparição de mulheres maltrapilhas, pandas com aparência doentia e até unicórnios decrépitos.
De acordo com sites de notícias, a ideia do grafiteiro pode ter surgido a partir da denúncia de que a produção do programa utiliza trabalho terceirizado na Coréia do Sul, com pagamento cerca de 1/3 menor que o normal, além de mão de obra infantil.
Verdade ou não, a abertura causou estardalhaço e deu muito pano pra manga.
E já que de polêmica estamos falando, outra notícia, desta vez relacionada às famosas participações no desenho, colocará a legião de fãs de “Crepúsculo” em polvorosa. No especial de Halloween deste ano, o ator Daniel “Harry Potter” Radcliffe fará uma participação mais que oportuna. No episódio, chamado “Tweenlight” — uma junção de “Twilight” [nome original de Crepúsculo] e “tween”, termo usado para designar pré-adolescentes —, Daniel dublará um personagem baseado em Edward Cullen, o galã imortal vivido pelo ator Robert Pattinson na série vampiresca. Na trama, Lisa vai se apaixonar por ele e o casal fugirá de Springfield em direção a um lugar chamado Dracula-la Land. Caberá ao papai Homer, que não aprova o relacionamento, ir resgatar a filha.
O episódio, que deve ir ao ar em breve nos Estados Unidos, teve uma primeira imagem e trailer divulgados.
No Brasil, o desenho “Os Simpsons” é transmitido pela Fox e, na TV aberta, pela Globo.
Comentários