Duna – Artes conceituais que você NÃO verá no remake
por Rober Pinheiro em setembro 12, 20104 Comentários Publicado em Cinema
O site Comic Soon publicou recentemente algumas artes conceituais feitas para o remake de Duna, filme que está em [lento] processo de produção pelos estúdios Misher Films e Paramount Pictures. Porém, os desenhos, criados pelos quadrinistas Jock e Andy Diggle que retratam alguns dos cenários da famosa série de ficção científica criada por Frank Herbert, como as paisagens dos planetas Arrakis e Caladan, além do próprio Paul Atreides e dos fremen, os vermes de areia gigantes, não serão utilizadas no filme. Com a saída de Peter Berg — que aparentemente havia encomendado os desenhos —, o diretor Pierre Morel assumiu o projeto e resolveu fazer as coisas de seu próprio jeito.
As belas artes conceituais — que infelizmente não devem mesmo ser utilizadas pela nova equipe de produção — são, na verdade, a única informação que os fãs tiveram sobre o remake. Com a contratação do novo diretor, os estúdios divulgaram que o projeto voltou à ordem do dia, mas até agora, nada mais foi divulgado.
Duna conta a história de um império intergaláctico feudal em expansão, onde os feudos planetários são controlados por casas nobres que mantêm aliança com a Casa Imperial Corrino. O livro acompanha a vida de Paul Atreides, jovem herdeiro do Duque Leto Atreides e da Casa Atreides, por ocasião da transferência de sua família para o planeta Arrakis, a única fonte da especiaria melange conhecida em todo o universo. Em uma história que explora as complexas interações entre política, religião, tecnologia e emoções humanas, o destino de Paul, de sua família, de seu novo planeta e dos nativos, assim como o destino do Imperador Padishah, da poderosa Corporação Espacial e da misteriosa ordem feminina das Bene Gesserit, acabam todos interligados em um confronto que mudará o curso da humanidade.
Duna é considerada por muitos como uma obra inovadora, por utilizar elementos filosóficos, religiosos e psicológicos que até então raramente eram utilizados na ficção científica. Além desses temas, Frank Herbert traz para sua história a preocupação com a ecologia e a biologia. O ambiente de Duna se destaca das demais obras de ficção por não possuir computadores ou robôs, já que a religião do Império proíbe o uso de máquinas pensantes, temendo que estas possam destruir a humanidade. Todo o trabalho de cálculos complicados é realizado pelos Mentats, homens treinados desde a infância para usarem suas mentes como computadores.
O clássico de Frank Herbert, vencedor do Prêmio Hugo de 1966 e do primeiro Nebula de melhor romance, já ganhou uma adaptação para o cinema em 1984, feita por ninguém menos que David Lynch e uma série, dirigida por John Harrison, para o Scifi Channel, em 2000.
O roteiro do remake ficou a cargo de Josh Zetumer [“007 – Quantum of Solace”] e a direção será de Pierre Morel [“Busca Implacável”].
O filme ainda não tem elenco escalado, nem data prevista de estreia.