Warner quer um novo Mágico de Oz
por Priscila Queiroz em abril 23, 20102 Comentários Publicado em Cinema
Com o fim de Harry Potter se aproximando, a Warner Bros. já corre atrás de uma nova franquia para tomar seu lugar nas salas de cinema. O Los Angeles Times publicou que o estúdio está avaliando dois projetos para novas adaptações de O Mágico de Oz.
O primeiro projeto se chama Oz e é da New Line, uma das divisões da Warner. O roteirista é Darren Lemke, um dos escritores de Shrek Para Sempre. Já a segunda adaptação é escrita por Josh Olson, de Marcas da Violência. É um projeto mais pesado, com foco na neta de Dorothy que volta para Oz para combater o mal.
O Mágico de Oz é apenas a primeira de uma série de outras obras escritas por L. Frank Baum com os mesmos personagens. Ao todo são dezesseis livros, sendo que dois foram lançados após a morte do autor. Os personagens criados por Baum também deram origem a inúmeras adaptações, das quais a mais famosa é provavelmente o filme de 1939 com Judy Garland no papel de Dorothy. Mas este não foi o primeiro filme a mostrar as aventuras de Dorothy, Homem de Lata, Espantalho e o Leão Covarde: em 1910, The Wonderful Wizard of Oz, dirigido por Otis Turner, levou o que já era um musical da Broadway para o cinema. Desde então, mais quatorze adaptações foram feitas, incluindo The Wiz, uma atualização da fábula para os dias atuais com Diana Ross e Michael Jackson.
Mas antes de chegar às telas, O Mágico de Oz saiu dos livros para os palcos. O primeiro musical foi produzido em 1902 pelo próprio L. Frank Baum. De lá para cá, foram mais dezesseis adaptações. Uma delas é The Wiz, que deu origem ao filme de mesmo nome. Recentemente, o musical Wicked foi um enorme sucesso de público e crítica na Broadway, e está em cartaz desde 2003. Ele é baseado no livro Wicked – The Life and Times of the Wicked Witch of the West, de Gregory Maguire, que conta a história de Elphaba, a Bruxa Má do Oeste. O nome foi criado por Maguire, baseado nas iniciais de Baum, LFB. O livro não é para crianças, e mostra os acontecimentos nos anos anteriores à chegada de Dorothy em Oz. Maguire faz uma crítica social ao questionar o que é verdadeiramente bom ou mal. Para isso, ele faz de Elphaba uma jovem incompreendida e vítima do preconceito da sociedade por ter nascido verde.
Além de Wicked, um musical baseado no filme de 1939 entrou em cartaz no West End londrino em 1987, e voltou com uma nova edição em 2008. E Andrew Lloyd Weber, de O Fantasma da Ópera e Cats, preparará músicas para uma nova peça que deve entrar em cartaz em 2010, também no West End. Uma série de TV da BBC chamada Over the Rainbow irá mostrar a busca por uma nova Dorothy.
Falando em TV, o Mágico também passou pela telinha em várias adaptações. A mais recente foi Tin Man, uma mini-série em três partes exibida pelo Sci-Fi Channel e estrelada por Zooey Deschanel, Richard Dreyfuss e Alan Cumming. A série é uma reimaginação de O Mágico de Oz nos dias atuais, com uma ênfase maior no lado ficção científica/fantasia da obra. Além dela, Oz já foi série de desenho animado (incluindo uma em que os protagonistas são os filhos dos personagens principais), anime e um especial dos Muppets, além de se referenciado em vários episódios de séries.
E não para por aí. Revistas em quadrinhos, livros, jogos, pense em uma mídia e você vai encontrar uma referência ou adaptação de O Mágico de Oz, tamanha a presença dos personagens na cultura pop. Até uma linha de brinquedos criada pela McFarlane Toys, com uma visão mais dark dos personagens, pode ser encontrada nas lojas. E quem nunca ouviu falar da conexão entre O Mágico de Oz e o álbum Dark Side of the Moon, do Pink Floyd? Percebe-se porque a Warner Bros. quer trazer o clássico de volta, ainda mais neste momento em que Hollywood busca a sua próxima franquia milionária. No caso de O Mágico de Oz, ela já está pronta para o consumo.