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Estréia hoje “Jogo Entre Ladrões”, mais um filme sobre ladrões ‘de elite’ e grandes roubos, mesmo mote de diversos bons filmes, incluindo alguns recentes, como “Onze Homens e Um Segredo”, “Uma Saída de Mestre”, “Um Plano Brilhante”, entre outros. “Thick As Thieves” (no original), no entanto, é uma grande decepção.

Primeiro porque em um filme estrelado por Morgan Freeman, esperaria-se uma qualidade melhor. Freeman não é ajudado, hora alguma, nem pela direção ingênua de Mimi Leder (de “Impacto Profundo”) nem pela atuação caricata e fraquíssima de Antonio Banderas, que chega a irritar.

A trama é simples: grande ladrão de obras de arte (Freeman) precisa encontrar novo parceiro (Banderas) para um último grande roubo que pagaria as dívidas de seu antigo (e falecido) companheiro, pai de bela jovem (Radha Mitchell, de “Em Busca da Terra do Nunca”) com a qual o novo parceiro se envolve.

O que mais incomoda, sem sombra de dúvidas, em “Jogo Entre Ladrões” é como os diálogos – durante a primeira meia hora de filme, sem nenhuma exceção – são clichês, disparando frase feita após frase feita com todos os chavões possíveis (só faltou um “essa cidade é pequena demais para nós dois”). Mesmo as prometidas reviravoltas no fim são previsíveis e nada originais.

Como dito no primeiro parágrafo, uma decepção.

Curiosidade: para alegrar os fãs do gênero, ao menos a seqüência do ótimo “Uma Saída de Mestre” (no original, “The Italian Job”) parece que finalmente sairá do papel, com o título de “The Brazillian Job” (sim, será passado no Rio de Janeiro!), e todos os principais atores do elenco original confirmados: Mark Wahlberg, Charlize Theron, Jason Statham, Seth Green, Mos Def e possivelmente Edward Norton. Já o quarto filme da série “Onze Homens e Um Segredo”, que teria o subtítulo “Thick As Thieves” (ei!!), definitivamente não existirá – além da relutância de George Clooney, a morte de Bernie Mac ano passado parece ter decididamente posto um fim à idéia.