“Milk – A Voz da Igualdade”

O drama “Milk – A Voz da Igualdade”, dirigido por Gus Van Sant (de “Paranoid Park”) estreou nessa sexta-feira em circuito nacional. O filme foi eleito um dos dez melhores de 2008 pelo Instituto de Cinema dos Estados Unidos e concorre ao Oscar em 8 categorias: melhor filme, diretor, ator (Sean Penn), ator coadjuvante (Josh Brolin), roteiro original, trilha sonora, figurino e edição.


Para contar a história de Harvey Milk, pioneiro na luta pelos direitos dos homossexuais nos EUA, foram utilizadas diversas imagens da época, muitas extraídas do documentário premiado com o Oscar “The Times of Harvey Milk”, de Rob Epstein. Foram ouvidos também os depoimentos de seus amigos, como Cleve Jones (no filme, interpretado por Emile Hirsch, de “Na Natureza Selvagem”) que acabou servindo de consultor no set de filmagens.

Milk (vivido por Sean Penn, de “Sobre Meninos e Lobos”) foi o primeiro gay declarado a ser eleito a um cargo público. A trajetória foi difícil – ele só saiu vitorioso nas urnas na terceira tentativa, em 1977 – e teve um desfecho trágico: no ano seguinte, Harvey Milk foi assassinado por seu rival político Dan White (interpretado por Jason Brolin, de “O Gângster”), culpado também pela morte de George Moscone (no filme, Victor Garber), prefeito de São Francisco na época.

O longa retrata justamente os últimos oito anos da vida do ativista – desde a mudança de Milk e seu companheiro Scott Smith (James Franco, de “Homem-Aranha”) para São Francisco, até a chegada ao poder, depois de muitos confrontos com a polícia, algumas derrotas políticas e a recusa em se calar e desistir de seus ideais. “Milk” é, sobretudo, uma mensagem de esperança e incentivo. Não desistir nunca, apesar de todas as dificuldades.