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Chega finalmente aos cinemas brasileiros, no dia 19 de dezembro, o aclamado “Um Lugar Chamado Brick Lane” (no original, “Brick Lane”), estréia da premiada diretora de curtas e documentários Sarah Gavron em longas-metragens.

O filme, que estreou há um ano atrás no Reino Unido, conta a história da jovem Nazneen (Tannishtha Chatterjee), que se vê obrigada a entrar em um casamento arranjado com um homem mais velho, trocando Bangladesh por um apartamento em Brick Lane, no bairro de East End de Londres. Afastada de seu lar e de sua amada irmã, ela se submete às vontades e exigências do marido (Satish Kaushik), dedicando sua vida a cuidar da família e a garantir um sentido à sua existência – até que conhece Karim (Christopher Simpson).

Arrancando elogios de crítica e público por onde passa, “Um Lugar Chamado Brick Lane” é uma uma contemporânea história de amor, ambientada na Inglaterra, repleta de diferenças culturais – mas na qual a força do espírito humano se sobressai. Uma boa aposta para o fim do ano.

Curiosidade: Brick Lane foi escolhida como cenário (e título) do filme de Gavron por ter sido, durante os últimos quatro séculos, o principal refúgio para imigrantes em Londres. Protestantes franceses, nos séculos XVII e XVIII, e judeus (oriundos da Alemanha, Rússia, Polônia, etc.), no fim do século XIX, encontraram em Brick Lane refúgio de perseguições em seus países de origem, originando um próspero comércio e indústria de panos e roupas que atraíram bengaleses nas décadas de 50 e 60. A região hoje é a maior comunidade bengalesa fora de Bangladesh.