“Zabelinha”

Rangel Andrade é ator da Cia. dos Atores Invisíveis cujo blog/podcast se chama Luz&Sombra. Visite!

Em um mundo onde a tecnologia impera e a perda de valores aumenta a cada dia, se divertir, fazer amigos, aproximar de si e dos outros é algo que começa a ficar distante de nossa realidade. É nesse momento que surge a figura do clown, alegres, brincalhões. A soma de todos nós, nossas mazelas e virtudes.

O dicionário define palhaço como o artista que se veste de maneira grotesca e faz pilhérias para divertir o público. Defino o palhaço como um ser (quase) alado cuja missão é nos levar para um mundo paralelo onde somos bons, amigos, não temos preconceitos. Somos o paraíso.

As Marias da Graça nasceram em 1991, aos pouquinhos foram impondo seu talento e marcando território de um grupo formado somente por mulheres palhaças. A força feminina abrindo caminho em mundo ainda machista. Cada uma com sua característica e como reza a lenda: depois de criado um clown ele vive com você para sempre. As personagens permaneceram, o que mudou foi a situação, o texto, a luz. Cada espetáculo era uma alegria nova.

“Zabelinha” é simples. 4 mulheres. 4 palhaças. 4 personas. E uma platéia inteira a espera, na expectativa da próxima piada e do próximo sorriso. Desde o início, as atrizes buscam uma interação com o expectador. Surgem da platéia e a coloca em cena. Por alguns momentos temos uma aula de improvisação. A surpresa começa com o figurino: coloridos, bem trabalhados, criativos e com o acabamento impecável; depois começa a desfilar diante de nossos olhos surpreendentes construções de personagens: corporais indiscutíveis e trabalhos vocais bem definidos.

Não há como questionar o trabalho de pesquisa e o proceso de criação, por permitir que sejamos premiados com um espetáculo tão rico em detalhes!

É difícil imaginar que, por trás daquelas atrizes, existem 4 brasileiras, 4 histórias de batalhas, lutas, perdas e ganhos. É ali que mora as Maria da graça de todos nós. Basta se abrir por alguns minutos. Temos o mundo em nossas mãos e um clown no peito. E a vida se cria…

Texto: Laerte Vargas e As Marias da Graça
Supervisão Cênica: Beto Brown
Elenco: Karla Conká, Geni Viegas, Samantha Anciães e Vera Lucia Ribeiro
Figurinos: Angele Fróes e Rui Cortez
Realização: As Marias da Graça Associação de Mulheres Palhaças
Local: Centro Cultural da Justiça
Endereço: Av. Rio Branco, 241 – Centro, Rio de Janeiro / RJ. CEP 20040-009
Temporada: Até dia 25 de Novembro, terças e quartas, 19h
Preço: R$ 20 e R$ 10 (meia).
Duração: 50 minutos

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Rangel Andrade
Cia. de Atores Invisíveis

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