“The United States of Tara”
por Lucas Sigaud em novembro 10, 2008Zero Comentários =( Publicado em Séries de TV
A Dreamworks Television está finalizando a produção de uma nova série, que estreará nos Estados Unidos no início do ano que vem, no dia 18 de janeiro, intitulada “The United States of Tara”.
Na esteira de “Samantha Who?”, “The United Sates of Tara” é uma comédia negra (também de meia hora) centrada em Tara (Toni Collette, de “O Sexto Sentido” e “Little Miss Sunshine”), uma mulher casada com dois filhos, que sofre de problemas dissociativos de identidade. A trama gira em torno de como Tara consegue conciliar suas múltiplas personalidades e sua família disfuncional, composta pelo marido Max (John Corbett, de “O Casamento Grego”) e seus filhos Kate (Brie Larson, cantora e atriz conhecida pela série “Raising Dad”) e Marshall (o jovem Keir Gilchrist).
A primeira temporada terá apenas 13 episódios e foi produzida por ninguém menos que Steven Spielberg (que é também o criador da série), Dan Kaplow (que produziu alguns episódios de “The Sopranos”, além da já cancelada “Carpoolers”), Darryl Frank e Justin Falvey (“Las Vegas”), além de Diablo Cody (roteirista sui generis que ganhou o Oscar por “Juno” esse ano), que também assina o roteiro.
O vídeo promocional da série já está disponível pela Showtime. Resta aguardar se passará aqui no Brasil.
Curiosidade: mesmo sem ter começado, “The United States of Tara” já está causando muita polêmica. Isso porque a DID (sigla para Dissociative Identity Disorder, doença retratada na personagem principal) tem como causas principais extremo abuso infantil, tortura e/ou traumas muito fortes (por exemplo, diversas pessoas diagnosticadas com esse problema foram vítimas de abuso sexual infantil ou foram sobreviventes do Holocausto). E, ainda, é uma doença incapacitante, social (tanto que muitos que a possuem não funcionam nas situações mais comuns de convívio social, como emprego, compras, escolas, etc) e emocionalmente (criando muitas vezes indivíduos depressivos, paranóicos e, em muitos casos, sozinhos). Por isso, muitas entidades, simpatizantes e até mesmo vítimas da DID estão protestando contra uma série cômica sobre isso. Vários, por sua vez, estão esperando a estréia para averiguar se o retrato que será feito pode ajudar a criar uma conscientização maior sobre o problema (afinal, Diablo Cody em “Juno” fez um filme engraçado mas consciente sobre outro tabu – a gravidez na adolescência). É esperar para ver.