“Deuses e Monstros”

“Deuses e Monstros” (“Gods and Monsters”, EUA, 1998, 105 minutos) não é um filme comercial.

Passou nos cinemas, mas não permaneceu por grande período.

E se sairmos por aí perguntando, não são muitas as pessoas que responderiam afirmativamente se questionássemos se o conhecem ou não.

Mas vale a pena ser visto. Não só pelo conteúdo histórico, também pela brilhante atuação de Ian McKellen (“O Aprendiz”), injustamente não agraciado pelo Oscar e pelo roteiro bem amarrado, esse sim premiado.

Ian vive James Whale, diretor de cinema cuja principal obra é Frankestein.

Depois de atingir o auge da fama com seus filmes de monstros, o diretor é esquecido pela indústria cinematográfica e passa a dividir sua imensa casa com a governanta (Lynn Redgrave, irmã de Vanessa).

Até que um dia, observando o jardineiro da residência ao lado, ele o contrata.

Esse jardineiro é Brendan Fraser (“A Múmia”).

Com o passar do tempo surge amizade entre os dois. Só que Whale é homossexual assumido e o empregado tem um certo receio quanto às reais intenções do patrão.

Porém a amizade cresce, sob os prescrutadores olhares da governanta, que conhece bem as histórias do diretor e quer proteger o jovem, principalmente depois que ele aceita posar para Whale, que agora passa seus dias pintando.

Um belo filme sobre a fragilidade das relações humanas. E também como elas podem ser marcantes para a pessoa que nos tornaremos.

Dia 30 de outubro, quinta-feira, às 22 h, no Telecine Cult.