O Diário de Bridget Jones

Há umas três semanas escrevi um artigo sobre o filmes “O Diário de Bridget Jones” (“The Bridget Jones Diary”, Grã-Bretanha/França, 2001, 97 minutos), mas não sei o que aconteceu, na hora de publicar o artigo saiu “em branco”.

Aí foi a hora de exercitar a paciência e esperar quando o filme passaria novamente para escrever.

E aqui estamos.

Hoje à noite, às 20 h e amanhã às 02 h, será exibido no canal A&E.

E domingo, dia 26, às 12 h no Fox Life.

Um dos maiores sucessos do ano de 2001, consolidou o talento da notável texana filha de suíços Renée Zellwegger, cujo acento britânico mostrado no filme não se contesta. Aliás, em “Cold Mountain” ela novamente demonstrou desenvoltura com sotaque.

Bridget é uma trintona que mora sozinha, vive em luta com a balança, gosta de uma bebidinha de vez em quando, fuma, usa roupas estranhas para ir trabalhar, envolve-se com o chefe canalha em um emprego que não lhe traz satisfação, tem um pai passivo, uma mãe que não sabe muito bem o seu lugar e parentes inconvenientes.

Mas tem amigos. Muito bons amigos. Pessoas que a amam pelo que ela é. Pessoas que não colocam “apesar de” antes de dizer “gosto de você”.

E é uma pessoa corajosa.

Ela é uma garota comum que quer ser feliz. E felicidade não significa enquadrar-se nos padrões que os outros estipulam e que nem sempre são aquilo que desejamos. Aliás, nem sempre é o que os outros mostram. Às vezes, é só fachada.

E Bridget não gosta de hipocrisias.

E no meio disso tudo ela conhece (ou melhor, reencontra) Mark Darcy. Em clara homenagem de Helen Fielding, autora do livro em que se baseou o longa, a “Mr. Darcy”, herói do romance “Orgulho de Preconceito”, da escritora Jane Austen.

Mark Darcy é o maravilhoso Colin Firth (“Tudo o que uma garota quer”), o inglês “típico”, que usa roupas ridículas que sua mãe lhe dá de presente de Natal, que procura sempre agir “de acordo” mas que gosta de Bridget como ela é.

E o chefe canalha é Hugh Grant (“Letra e Música”), habitual em comédias românticas, que defende o papel muito bem.

A cena ao som de “It’s Raining Men” é antológica.

Enquanto escreve no diário as peripécias do ano, Bridget aprende um pouco mais sobre si mesma, sobre aquilo que quer para sua vida e sobre os outros.

Depois eles se reencontrariam na continuação “Bridget Jones – No limite da razão”. Mas isso é outra história que fica para uma próxima oportunidade…

No elenco ainda temos Jim Broadbent (“Moulin Rouge”) como o pai de Bridget.

Um filme para ver com um baldão de pipoca do lado e bastante sorvete.