• 
• 

“Conduta de Risco” (“Michael Clayton”, EUA, 2007, 119 minutos) é um filme que mostra como a tomada de consciência pode mudar o rumo da vida de uma pessoa que não prestava muita atenção no significado de “ética”.

É um filme sobre advogados. Quem conhece o ramo terá uma percepção mais aguçada da história. Mas não se restringe a eles.

Michael Clayton (George Clooney, de “Onze homens e um segredo”) trabalha em um grande escritório de advocacia, que se especializou em atender grandes empresas, auferindo altos lucros.

Tudo caminha muito bem até que um de seus colegas (Tom Wilkinson, de “Entre quatro paredes”) passa a agir de forma estranha em um processo coletivo.

Michael, então, é designado para o caso.

Só que, se antes ele se detinha apenas em procurar formas de solucionar o assunto da forma mais benéfica ao cliente, sem se aprofundar muito, agora, cansado e decepcionado com a vida pessoal, cheio de dívidas por conta do vício no jogo e de um negócio fracassado, ele começa a pesquisar.

Não se contenta com os primeiros depoimentos e passa a querer descobrir o que efetivamente aconteceu.

E, nessa procura, ele percebe como tudo era superficial e enganoso.

Mistérios despertam a curiosidade. E ele não se limita a querer desvendá-lo. Ele age para isso.

O longa também conta com Tilda Swinton (de “As Crónicas de Nárnia”), vencedora do Oscar de atriz coadjuvante pelo papel.

E também é um dos últimos papéis do ator, diretor e roteirista Sidney Pollack, que dirigiu um filme de temática muito parecida, “A Firma”.

Também dignos de lembrança “Terra Fria”, com Charlize Theron e “Erin Brockovich”, com Julia Roberts, os quais também tratam da luta entre consumidores com importantes corporações.

O filme é muito bem conduzido e prende a atenção do início ao fim, principalmente porque desperta no espectador simpatia para com o protagonista, aquele desejo de que ele consiga superar sua infelicidade pessoal e profissional descobrindo o que realmente quer para sua vida.

Pode parecer idealista. Mas em um mundo cheio de percalços, muitas vezes o que mais queremos e precisamos é de alguém que não se esconda da responsabilidade, que busque, que investigue, que não tenha medo.

Porque bons padrões de conduta possuem uma probabilidade muito maior de gerar reflexos positivos.

Dias 23 de outubro, quinta-feira, às 19.50 h e 25, sábado, às 12.20 h no Telecine Premium.