“A Duquesa”: Boletim do Festival
por Lucas Sigaud em outubro 1, 2008Zero Comentários =( Publicado em Cinema, Destaque
“A Duquesa”, que será lançado aqui apenas no final de novembro (no dia 21), vem conquistando os espectadores do Festival do Rio, na mostra Foco UK. A produção exuberante e uma boa adaptação do livro de Amanda Foreman (intitulado “Georgiana, Duchess of Devonshire”), aliadas a um elenco afinadíssimo, garantem um filme excelente.
Grande parte do seu sucesso pode ser atribuído ao jovem diretor Saul Dibb (que ainda assina como co-roteirista), que consegue manter, ao longo de 110 minutos, um ritmo ágil, em meio a lindos cenários e locações. A trama gira em torno da Duquesa de Devonshire, Georgiana, uma grande celebridade da época por sua vida social e política, e seu conturbado casamento com o poderoso Duque de Devonshire.
Keira Knightley, na pele de Georgiana, dá um show a parte, mostrando estar cada vez melhor em papéis de época (como em “Orgulho e Preconceito” e “Desejo e Reparação”). Sua atuação prende o espectador, e é pontuada por também excelentes interpretações de seus coadjuvantes, mas não menos importantes no filme, como o Duque de Devonshire por Ralph Fiennes (que já fez papéis tão diversos como “O Paciente Inglês” e Lord Voldemort, da série “Harry Potter”), Bess Foster por Hayley Atwell (de “Um Sonho de Cassandra”) e Mr. Fox pelo impecável Simon McBurney (que já participou de produções como “A Bússola de Ouro”, “O Último Rei da Escócia” e “Eisenstein”).
Então, para aqueles que não quiserem esperar até o lançamento oficial, ainda há amanhã (no Cinema Leblon), às 14:00 e 19:00, para conferir “A Duquesa” no Festival do Rio. Uma excelente pedida!
Curiosidade: o marketing do filme na Grã-Bretanha foi feito com várias referências à princesa Diana, usando inclusive sua imagem em trailers. Até memso a frase “Havia três pessoas em seu casamento”, atribuída originalmente ao escândalo da família real inglesa, foi usada como slogan para o filme. Chegou ao ponto de Keira Knightley vir a público dizer que o filme não tinha relação alguma com a Lady Di, frisando “que o personagem [Georgiana] era interessante o suficiente, sem a necessidade de comparações”.