“Choke”

Boas novas, boas novas: na próxima semana começa nos cinemas norte-americanos e italianos “Choke” (ainda sem tradução para o português), nova adaptação de um livro de Chuck Palahniuk (autor de nada menos que “Clube da Luta”, mega-sucesso de 1999 estrelando Edward Norton e Brad Pitt). O filme vem de uma seqüência de participações em festivais nos Estados Unidos, faturando o prêmio do júri de melhor elenco no festival de Sundance.

O que surpreende nesta adaptação é que, após tentativas interrompidas de se adaptar “Survivor” e “Invisible Monsters” (de muito mais renome que “Choke”) para o cinema, “Choke” foi resgatado por Clark Gregg – o Richard de “The New Adventures of Old Christine”, em sua estréia na direção, além de assinar o roteiro. E, ao que tudo indica, Gregg (que ainda faz uma participação no filme) fez um bom trabalho.

A história, como é de se esperar de Chuck Palahniuk, é bem original: Victor Mancini (interpretado por Sam Rockwell, de filmes como “O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford”, “O Guia do Mochileiro das Galáxias” e “Confissões de uma Mente Perigosa”) é um viciado em sexo que largou a faculdade de medicina, e que mantém sua mãe Ida (interpretada pela tarimbadíssima Angelica Huston, cuja primeira participação como atriz data de 1967, aos 15 anos, e que foi imortalizada como Morticia Addams, em “A Família Addams”), vítima do mal de Alzheimer, em um caro hospital. Durante o dia, Victor trabalha em um parque temático – à noite, pratica um golpe: vai a restaurantes caros e simula engasgos (daí o título), para depois se aproveitar da boa vontade daqueles que supostamente o salvam da morte. E assim vai levando a vida, até que inesperadamente Ida faz uma revelação acerca de seu pai.

O filme tem sido muito elogiado por onde tem passado. Resta-nos agora, como de costume, esperar que o filme seja lançado por aqui para que poder conferir com nossos próprios olhos. Infelizmente, ainda não há previsão para isso.

Curiosidade: a banda Radiohead foi chamada para gravar uma música que seria tocada durante os créditos finais. No entanto, após saber que Chuck Palahniuk escreveu seu livro ao som do primeiro disco da banda (“Pablo Honey”), o Radiohead se engajou no projeto, compondo não apenas a música pedida, mas boa parte da trilha instrumental do filme. Um bônus certo para os fãs.