“Gilda”: nunca houve mulher com ela
por Rita Franco em setembro 8, 2008Zero Comentários =( Publicado em TV a Cabo
“Gilda” (“Gilda”, EUA, 1946, 110 minutos) é a bela Rita Hayworth. Mas Gilda é mais do que isso.
Gilda é uma mulher com passado. Determinada. Provocadora. Enigmática.
Os cabelos ruivos de Rita não aparecem no longa, filmado em preto e branco. Mas eles estão lá, sedutores.
Ela é casada com o dono de um cassino na América do Sul que, coisas do acaso, contrata justamente um jogador ex-amante dela (sem saber disso, é claro) para ser seu braço direito.
Quando se reencontram, fagulhas são sentidas no ar. A princípio, eles resistem.
Mas depois que o marido desaparece misteriosamente, não demora muito tempo para Gilda e Johnny (Glenn Ford) caírem um nos braços do outro. Só que eles são teimosos. Não gostam de dar o braço a torcer, de reconhecer que são almas gêmeas.
Assim, por estar com muita raiva de Johnny, a inigualável Gilda protagoniza uma das cenas mais antológicas da história do cinema: cantando “Put the blame on Mame” ela despe uma luva… e quase despe a outra… no que é impedida por um enfurecido Johnny.
Dirigido por Charles Vidor, que trabalhou com Rita no musical “Modelos” (com Gene Kelly) e em “Os amores de Carmen” (também com Glenn Ford, baseado na obra de Bizet), o filme, repleto de frases de efeito, é uma obra-prima do cinema noir.
Dia 08 de setembro, às 23 h, no TCM.