“Gilda”: nunca houve mulher com ela

Gilda” (“Gilda”, EUA, 1946, 110 minutos) é a bela Rita Hayworth. Mas Gilda é mais do que isso.

Gilda é uma mulher com passado. Determinada. Provocadora. Enigmática.

Os cabelos ruivos de Rita não aparecem no longa, filmado em preto e branco. Mas eles estão lá, sedutores.

Ela é casada com o dono de um cassino na América do Sul que, coisas do acaso, contrata justamente um jogador ex-amante dela (sem saber disso, é claro) para ser seu braço direito.

Quando se reencontram, fagulhas são sentidas no ar. A princípio, eles resistem.

Mas depois que o marido desaparece misteriosamente, não demora muito tempo para Gilda e Johnny (Glenn Ford) caírem um nos braços do outro. Só que eles são teimosos. Não gostam de dar o braço a torcer, de reconhecer que são almas gêmeas.

Assim, por estar com muita raiva de Johnny, a inigualável Gilda protagoniza uma das cenas mais antológicas da história do cinema: cantando “Put the blame on Mame” ela despe uma luva… e quase despe a outra… no que é impedida por um enfurecido Johnny.

Dirigido por Charles Vidor, que trabalhou com Rita no musical “Modelos” (com Gene Kelly) e em “Os amores de Carmen” (também com Glenn Ford, baseado na obra de Bizet), o filme, repleto de frases de efeito, é uma obra-prima do cinema noir.

Dia 08 de setembro, às 23 h, no TCM.