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Na década de 80 a guerra fria ainda era uma questão. O conflito político-ideológico entre os EUA e a então União Soviética ainda iria persistir até meados de 1991.

Como um bom nerd eu me lembro bem de um filme instigante (ainda aparentemente um tanto inverossímil) que chegou as minhas mão através do VHS – coisa de gente velha =)

“Amanhecer Violento”, filme de John Milius (“Roma” e “Apocalypse Now”), co-escrito por Kevin Reynolds (“Rapa Nui” e “Conde de Monte Cristo”), foi para a história – e para o Guinness Book de Recordes – como o filme com mais atos de violência por minuto (2.23) na época, tendo submetido os então garotos Patrick Swayze, C. Thomas Howell, Lea Thompson, Charlie Sheen e Jennifer Grey a oito semanas de treinamento militar real.

Foi um filme que marcou época na cabeça dos nerds mais atentos e também nas preocupações com o realismo, que renderam visitas de agentes da CIA aos sets de filmagem devido as réplicas de equipamento soviético que pareciam demais com o material genuíno.

Apesar das críticas quanto ao enredo ser um tanto absurdo, a invasão Russo/Cubana do território americano, conforme retratado no filme, fora baseada em estudos da Agência Central de Inteligência americana, de acordo com as fraquezas dos EUA a época.

O filme conta a história de um grupo de adolescentes que, em um dia comum de aulas, testemunham a invasão de solo americano por paraquedistas soviéticos e cubanos. O grupo consegue evadir ilesos e começam a infringir baixas nas tropas invasoras a medida que se organizam para criar um grupo de resistência para sobreviver a invasão e rechaçá-la.

Uma influência criativa para os mais entusiastas, o cenário atraiu público e tornou o filme cultuado em alguns círculos mais obscuros.

O interessante é que a MGM, agora, está planejando uma refilmagem, ainda sem ter liberado muitas informações a respeito.

A imprensa cogitava que a refilmagem se passará em uma realidade alternativa de um passado de guerra fria que, daquela forma, não aconteceu; ou que vai haver um apelo para o inimigo da vez, o Islam que, convenhamos, não usa grandes exércitos para atacar os infiéis.

Segundo o diretor Dan Bradley e o roteirista Carl Ellsworth, contudo, o filme deve ser bem mais intenso, passado na época atual em um mundo pós-11-de-Setembro. Tudo agora vai ficar a cargo da capacidade deles em suspender a descrença do espectador.

Seja como for, se o filme for tão empolgante quanto o original, tem tudo para agradar o público novamente.

Curiosidade: Deve haver algum nerd no setor de inteligência militar, pois a operação de captura de Saddam Hussein, em Setembro de 2003, foi batizada de “Red Dawn”, o título em inglês de “Amanhecer Violento”.