“A Batalha de Riddick”
por Lucas Sigaud em agosto 14, 2008Zero Comentários =( Publicado em TV a Cabo
Programa imperdível para quem prefere um filminho à febre olímpica (ou para um breve descanso entre os jogos): “A Batalha de Riddick” (IMDB – no inglês, “The Chronicles of Riddick”), ficção científica de 2004 que está em cartaz no canal Universal este fim de semana, escrito e dirigido por David Twohy e estrelado por ninguém menos que Vin Diesel.
O filme é a continuação do cult “Eclipse Mortal” (IMDB – péssima tradução para o título “Pitch Black”, no original), produção de 2000, o qual conta a história de um grupo de mercenários galácticos que capturam um perigoso foragido, Riddick (Vin Diesel), mas são obrigados a fazer um pouso forçado em um planeta aparentemente deserto, mas que esconde perigos em suas profundezas. Riddick está entre os que sobrevivem, e agora está de volta. Ainda procurado, Riddick chega ao planeta Helion Prime, onde descobre que um império “religioso” (os Necromongers) planeja a conversão de todos os humanos do universo – e a extinção de quem se recusar. Como em todo bom filme de exército de um homem só, cabe ao nosso anti-herói ficar entre os Necromongers e a raça humana.
“A Batalha de Riddick”, de imediato, impressiona pelo visual e pelos efeitos especiais, especialmente se comparados a “Eclipse Mortal”, que era uma produção modesta e com um então desconhecido Vin Diesel (que de notório tinha feito apenas uma participação em “O Resgate do Soldado Ryan” – “Velozes e Furiosos” viria apenas no ano seguinte), mas que fez um sucesso inesperado em DVD nos Estados Unidos. Os cuidados com detalhes também são formidáveis: centenas de extras tiveram de passar por treinamento militar básico e serem testados para as (numerosas e bem feitas) cenas de batalha ao longo do filme, e os ágeis atores em trajes Lensor eram do Cirque du Soleil.
Mas o estrondoso sucesso da continuação vem de três fatores: a história, recheada de detalhes e que vai se desenrolando pouco a pouco aos olhos dos espectadores; as cenas de batalhas grandiosas, recheadas de efeitos visuais, com uma edição eletrizante, mas compreensíveis aos olhos do público; e, claro, o carisma e entrega de Vin Diesel ao papel de Riddick (personagem original e cativante, por sinal).
Convém frisar também que o elenco de apoio é excelente: Judi Dench (escolha absoluta de Vin Diesel para o papel, que se recusou a começar a filmar até Judi ter aceitado) como a etérea Aereon está ótima como de costume, mas são os menos conhecidos Keith David, reprisando o papel de Imam, e Linus Roache (que interpretou Thomas Wayne, pai de Bruce, em “Batman Begins”) como o Purificador, que roubam a cena.
O único ponto fraco do filme é o personagem Kyra. Ao contrário do que queria Vin Diesel (que preferia Rhiana Griffith, que a interpretou em “Eclipse Mortal”), Kyra é interpretada pela insossa Alexa Davalos, e o personagem, tão complexo e interessante no primeiro filme, torna-se superficial no segundo. Além disso, para aqueles que não viram “Eclipse Mortal”, fica difícil entender a relação entre ela e Riddick (aliás, é talvez o único ponto em que ter visto o primeiro filme faz diferença na compreensão da trama).
Mas é apenas um ponto pequeno comparado com a grandeza de “A Batalha de Riddick”. Ponha a pipoca no microondas, ligue a televisão e acompanhe Riddick. E aguarde o próximo – o fim do filme deixa poucas dúvidas quanto à necessidade de uma continuação.
Curiosidade: Depois que “Eclipse Mortal” virou um sucesso (em DVD), a Universal Studios se interessou em fazer uma continuação. David Twohy escreveu roteiros para três seqüências possíveis. Ele e Vin Diesel encadernaram os três em couro e os apresentaram aos executivos do estúdio. Um deles virou o filme – outro virou o jogo “The Chronicles Of Riddick: Escape From Butcher’s Bay”, outro virou o longa de animação “The Chronicles Of Riddick: Dark Fury”, todos lançados em 2004.
- Universal 43 – Sexta-Feira, 15/08/2008 às 22h00
- Universal 43 – Sábado, 16/08/2008 às 02h30
- Universal 43 – Sábado, 16/08/2008 às 12h00
- TNT 48 – Sábado, 23/08/2008 às 22h00
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