“Hancock”

Se você ainda não viu “Hancock” (IMDB), largue este mau humor e vá dar uma olhada!

Um filme que a primeira vista é “pipoca pura”, vez por outra, pode se mostrar mais do que isso e, sinceramente, é o caso de “Hancock”, de Peter Berg.

Nerd de carteirinha e figura fácil em filmes da Geração X, Peter Berg atuou em grande quantidade de filmes que você com certeza já viu, como “Leões e Cordeiros” (IMDB), “O Reino” (IMDB), “A Última Cartada” (IMDB) e “Cop Land” (IMDB).

Ousado, o diretor de “Hancock” pretende lançar, em 2010, sua versão cinematográfica do romance de Frank Herbert, “Duna”, já adaptado por David Linch!

“Hancock” é original, trazendo um super-herói inadequado, nada altivo, odiado por todos e que se veste e se comporta como um vagabundo, bêbado e mau educado. Will Smith, que vive o personagem, está ótimo no papel e já mostra a que veio na primeira cena, que o define e dá o tom para a transformação que ele vai sofrer ao longo do filme.

Jason Bateman (de “Juno”IMDB) encena um simpático publicitário que, idealista e bem intencionado, é incompreendido por todos. Tendo a vida salva por Hancock, o personagem decide que vai ajudá-lo a mudar sua imagem e garante que todo esforço que lhe propõe para operar essa mudança vai valer a pena.

As coisas se complicam um pouco quando os olhos de Hancock reacaem sobre a esposa do publicitário, vivida pela belíssima e talentosa Charlize Theron.

O filme tem tudo para divertir Troianos – sem deixar de fazer os Gregos pensarem – usando o humor como alavanca e o absurdo como premissa para contar uma bela fábula de crescimento pessoal, esperança, altruísmo e amor, rica em alegorias e relevância moral.

Vale a pena ver “Hancock” se você vai sozinho, se você vai com a pessoa que ama ou com seus filhos… a única reclamação é a de sempre: 92 minutos é muito pouco e tem certos filmes que deviam ser Séries de TV, para permitir maior elaboração e aproveitamento da história.

[ATENÇÃO: SPOILER - Clique se você já viu o filme!]