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David Slade, o talentoso diretor de “MeninaMá.com” (IMDB), nos presenteia com uma obra rara: um filme de terror que é realmente angustiante e assustador.

Fazia tempo que um filme de terror não me causava as sensações que se supõe que um filme de terror cause, mas esta deficiência “30 Dias de Noite” não tem.

Passado na cidade de , no Alasca, e tendo nos papéis principais Josh Hartnett (“Dália Negra” – IMDB) e Melissa George (“Alias”), o filme conta a história de uma pequena cidade que vai tendo seus laços com a civilização cortados pelo arauto de sua destruição (Ben Foster), um servo de criaturas que demoraram séculos para convencer a humanidade de que elas não existiam.

Tudo seria mais tranqüilo se não fosse pelo fato de que, acima do Círculo Ártico, vive-se um período de 30 dias sem que o sol apareça…

“Um filme sobre vampiros”, seria a descrição mais natural para a película, mas Slade consegue transformar o bando de criaturas em uma releitura do gênero que, por sua originalidade, já nasce clássica! Os vampiros de David Slade são absolutamente assustadores tanto em sua proposta estética quanto na figura de seu líder, vivido pelo ótimo Danny Huston (“O Aviador” – IMDB), que é uma das melhores interpretações de Drácula da história do cinema.

Adaptado dos quadrinhos – uma tendência muito comum dada a qualidade do argumento em novelas gráficas – “30 Dias de Noite” foi criado por Steve Niles e teve sua recriação cinematográfica tocada pelo produtor Sam Raimi (“A Morte do Demônio” – IMDB), que teve muito cuidado ao, junto com Slade, importar a estética dos quadrinhos.

Em uma época em que o mais aterrorizante nos filmes de terror costuma ser seu final, “30 Dias de Noite” consegue não se render ao costume reinante de subestimar a inteligência do espectador, revisitando o gênero sem destruir a noção de que a persona vampírica é um herói romântico.

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