“Professor Layton and the Curious Village”
por Pedro Drable em junho 3, 2008Zero Comentários =( Publicado em Destaque, Jogos
Avaliação – Professor Layton and the Curious Village
Vez por outra me encontro na maravilhosa situação de pegar um jogo despretensiosamente e, dentro de cinco minutos, ter o seguinte pensamento: “nossa, isso com certeza vai ser um clássico”. Tive o prazer de passar por isso jogando “Professor Layton and the Curious Village”, e vou explicar o porquê.
Professor Layton é um game que resvala na moda dos jogos de treinamento cerebral, uma vertente que ganhou fôlego na tela dupla do Nintendo DS. Títulos como “Brain Age”, “Dr. Kawashima’s Brain Training”, “Flash Focus” e outros partilham de um mesmo modelo: a junção de uma série de pequenos puzzles para ver “quem tem o maior cérebro” ou “quem tem o cérebro mais jovem” ou mesmo “quem tem os reflexos de um ninja”. O grande problema destes jogos é o a noção do jogo casual, descompromissado. Isto acaba por distanciar o relacionamento entre o gamer e o jogo. Professor Layton não é assim. Claro, os puzzles estão lá, e aparecem sem explicação ou aviso prévio, mas eles fazem parte de um enredo, que contem personagens interessantes e uma narrativa que estimula o jogador a avançar no game.
Falando em narrativa, a história é a seguinte: o velho Barão Reinhold faleceu e deixou um grande mistério acerca da sua herança. De acordo com seu testamento, quem encontrasse a Maçã Dourada na cidade de St. Mystere poderia ficar com toda a sua fortuna. A cidade inteira soube do desafio, e seus moradores saíram em busca da tal Maçã, mas ninguém conseguiu desvendar a charada. Finalmente, Lady Dahlia, a viúva do Barão, resolve contratar os serviços de um especialista em enigmas. Aí entram em cena o grande Professor Layton e seu assistente, o jovem Luke. O jogador assume o papel da dupla de heróis em busca de pistas que resolvam o mistério do Barão. Para isso, deve-se falar com os inúmeros moradores da cidade e resolver os puzzles apresentados, conseguindo assim pistas e novas áreas para se explorar. Para ajudar na solução dos puzzles, o jogador conta com as hint coins, ou moedas de dica. No entanto, essas moedas são limitadas no mundo do jogo, então, não é inteligente gastá-las sem tentar resolver cada problema com alguma insistência.
A dinâmica de jogo é praticamente idêntica aos adventures, ou jogos “aponte-e-clique”, o que valoriza o roteiro e, claro, a interação com a tela de toque do DS. A animação lembra algo entre “As Aventuras de Tintim” e “A Viagem de Chihiro” , com um toque a la Tim Burton em alguns personagens. Como se não bastassem os 120 puzzles já existentes no jogo, todo domingo é disponibilizado um novo jogo para ser baixado na web.
A quantidade enorme de conteúdo, os personagens cativantes, o instigante enredo e a belíssima animação fazem com que “Professor Layton and the Curious Village” seja um jogo obrigatório para qualquer gamer que tenha um DS. Ainda bem que este é só o primeiro de uma trilogia.
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