A Onda SteamPunk no Cinema

steampunk diferencial engine outracoisa A Onda SteamPunk no CinemaCada vez mais o SteamPunk está presente no meio cinematográfico, seja em influências diretas e explícitas, seja em meras citações. E o mais surpreendente é que, algo até pouco tempo atrás considerado absolutamente nerd e impensável para as mentes da galera dita popular, tornou-se, subitamente, cool.

É importante não confundir o SteamPunk com o já conhecido Cyberpunk, onde temos uma versão propositalmente anti-utópica da realidade. Já o SteamPunk não funciona assim – neste tipo de ambientação, há a coexistência (ora pacífica, ora conflituosa) entre elementos de profusa tecnologia de máquinas a vapor (daí o ‘Steam’ no nome) e de fantasia ou ficção científica. Por isso, a maior parte de seus representantes são ambientados na Era Vitoriana.

Curiosamente, apesar de o gênero ter se tornado conhecido a partir da década de 80, podemos ver o seu conceito aparecendo muito antes, ainda no século XIX, na literatura: exemplos clássicos e que saltam à mente são “A Guerra dos Mundos” e “A Máquina do Tempo”, de H.G. Wells, “Frankenstein”, de Mary Shelley, e diversas obras de Jules Verne. Essas obras também representam, claramente, algumas das principais influências – juntamente com H.P. Lovecraft, Keith Laumer, Ronald W. Clark, Michael Moorcock, entre outros – do que podemos chamar o SteamPunk moderno.

E o número de obras, em especial no cinema, que cada vez mais caem nas graças do grande público é impressionante. Alguns exemplos de blockbusters com cenário nesse estilo, além dos baseados nas obras citadas acima, incluem “A Liga Extraordinária” (baseado na HQ, do mesmo gênero), “Wild Wild West”, “De Volta Para O Futuro III”, “A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça”, “O Enigma da Pirâmide”, “As Aventuras do Barão de Munchausen”, e, mais recentemente, “Hellboy” (ambos), “Van Helsing” e até mesmo filmes mais ‘sérios’ e aclamados, como “O Grande Truque” (como esquecer a participação de David Bowie como Nikola Tesla?) e “O Ilusionista”. Até mesmo o cinema infantil vem ganhando cada vez mais exemplares – “A Bússola de Ouro” e “Stardust” já incorporaram essa tendência em sua estética.
Tudo isso apenas para chegar a uma conclusão – o SteamPunk, em muito maior escala que o Cyberpunk chegou (ou tem condições de chegar, uma vez que é muito mais contracultura), veio pra ficar. Para a alegria de todos!

Curiosidade: apesar de termos nos concentrado apenas em cinema e, em menor escala, literatura, as influências do SteamPunk já podem ser vistas em outros lugares, alguns até mesmo inusitados, como na arquitetura – basta conferir a “Steel House”, de Robert Bruno.

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