“Prince of Persia: Prodigy”
por Pedro Drable em junho 3, 20087 Comentários Publicado em Destaque, Jogos
Depois de ser retomado pelo mundo dos games em uma trilogia que brincava com as causas e conseqüências da manipulação do tempo, inicia uma nova jornada em outra empreitada da Ubisoft. Mais uma vez, o inquieto Prince se mete em uma batalha que pode mudar o destino do mundo, ameaçado por um inimigo que é, nada mais nada menos que a personificação de todo o Mal. Bem light.
A trama do jogo começa com um Prince andarilho, que se perde em uma tempestade de areia e acaba por encontrar o Jardim do Éden. No centro deste jardim está a Árvore da Vida. Para o infortúnio de nosso protagonista, a árvore guarda há 200 gerações o deus Ahriman, que tentou espalhar sua força maligna pelo mundo, mas foi impedido e selado pelo seu irmão, Ormazd. Obviamente, a prisão de Ahriman está se enfraquecendo com o tempo e o deus corrupto está se libertando. Corrupto? Sim, corrupto, porque o avatar de Ahiman no mundo, ou a forma como ele se manifesta, é uma espécie de plasma negro chamado Corrupção. As paredes do Jardim do Éden ainda conseguem reter a Corrupção, mas em pouco tempo, Ahiman conseguirá escapar. Se nada for feito.
O objetivo de Prince é purificar as áreas do Jardim do Éden. A engine usada para o jogo é uma evolução da ferramenta onde foi feito “Assassins Creed”, o mais recente fogo de palha da indústria de games. Mas onde “Assassins Creed” falhou (o jogo consistia na mesma fase repetida uma dúzia de vezes), o novo “Prince of Persia” promete inovar. O jogo pode ser zerado a partir de qualquer ponto, e a forma como o jogador decide caminhar no game mudará drasticamente o gameplay. Exemplo disso é um chefe que, se vencido, espalha armadilhas por todas as outras áreas contaminadas com a Corrupção. Como o jogo é completamente aberto, você decide o chefe que vai vencer primeiro. Faça as contas.
Para o bem ou para o mal, nosso herói não possui mais as Areias do Tempo ajudando no combate contra o deus maligno. O novo Prince conta com uma espada na mão direita, uma luva com garras na mão esquerda e uma série de acrobacias. A espada não terá upgrades ou coisa parecida. Prince vai ter que arrancar suas vitórias “na unha”, contando só com sua agilidade e esperteza. Ok, o mundo não é tão solitário assim para nosso jovem persa, que contará também com Elika, uma personagem misteriosa, dotada de poderes mágicos e habilidades circenses que quase rivalizam às do personagem principal. Elika estará com Prince durante praticamente 100% do tempo, sempre ajudando em combates ou puzzles. A Ubisoft realmente está se esforçando para que esta moça seja uma verdadeira mão na roda durante o jogo, já que sua I.A. está sendo montada para que ela nunca atrapalhe o jogador. Elika não morre e nunca precisa de ajuda, funcionando como um apêndice de Prince.
Outra presença inovadora no jogo é a própria Corrupção. Toda e qualquer armadilha ou ameaça do game é uma manifestação direta de Ahiman, ou seja, nada de plataformas de pressão ou espinhos gratuitos. Inimigos também são frutos da Corrupção, mas Prince só enfrentará vilões em combates um contra um. Isso mesmo, um inimigo de cada vez. O que parece facilitar as coisas na verdade faz com que cada inimigo possa ter uma A.I. absurdamente maior e se transforme em um verdadeiro desafio. É bom lembrar que o primeiro Prince também enfrentava um espadachim de cada vez.
Ao que parece, o “retrocesso para frente” de “Prince of Persia” trará um novo game, que relembra o primeiro jogo da série, para o formato da nova geração, com texturas belíssimas e um visual de cair o queixo. Definitivamente vale a pena esperar para ver.
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